Beethoven Alvarez; Carolina Paganine (orgs.) Tradução e criação: entrecampos. 1ed. Campinas: Pontes Editores, 2021.
Texto da contracapa:
Espetáculo popcreto, palimpsesto de paixões, epifania oral, economia textual, poética sincrônica do afeto, divino deleite em verso, interpretação em sinais, materialidade estética, babelização multi-lubrida e o prazer da criação e da tradução são os temas e as trilhas que se entrecruzam nessa coletânea organizada por Beethoven Alvarez e Carolina Paganine, da Universidade Federal Fluminense (UFF). Animoso resultado dos trabalhos apresentados durante o II Colóquio Tradução e Criação, realizado em maio de 2019, em Niterói, e organizado pelo Núcleo de Tradução e Criação (ntc/UFF), este livro se embrenha nos “entre campos” do fazer poético e do traduzir para refletir sobre o continuun sensível que os conecta e para investigar os caminhos criativos da tradução. Pesquisadores de diversas áreas, professores e professoras, poetas, tradutores e tradutoras, do Brasil e da Argentina, contribuem com as discussões que ora se imprimem neste livro, que é uma espécie de volume 2 do seu antecessor, Tradução e Criação: Entrelaçamentos (2019). O segundo colóquio do ntc/UFF, particularmente, contou com uma homenagem a Augusto de Campos, cuja obra é emblema das relações interdependentes entre o ato de traduzir e criar. Não à toa o poema “Olho por olho” de Augusto de Campos, com arte de Veronica d’Orey, estampa a capa deste volume, que então se constitui como materialidade concreta, objeto-coisa de reverência. Que a leitura dos 11 textos que integram esta coletânea, entre métodos e afetos, entre vozes e línguas, entre Campos, contribuam com o desenvolvimento dos Estudos da Tradução, da Interpretação e da Criação. Que busquemos a meta de que fala Augusto em Hopkins: a beleza difícil, a meta de construir poemas “que querem responder à arte com mais arte. Poemas que não precisam de desculpas nem pedem perdão por existirem. […] Tradução-arte. Conversa entre poetas” (Perspectiva, 1997, p. 17).
Sumário:
Apresentação, Beethoven Alvarez e Carolina Paganine
Espetáculo popcreto: a política das coisas, Gonzalo Aguilar
Imitatio, intentio: paixões, equívocos e armadilhas da tradução, Alessandra Vannucci
Escrever a voz, em tradução, Marcelo Jacques de Moraes
Estratégias cognitivas e economia textual na tradução de Istruzioni per diventare fascisti, Júlia Scamparini
Recriação de clássicos na poética sincrônica, Renata Cazarini
Por uma nova tradução da Divina Comédia, Emanuel Brito
Interpretação em línguas de sinais nos estudos da interpretação, Teresa Dias Carneiro
A criação não adaptativa: materialidades estéticas, Hernan Ulm
“Traduções de Babel”, Patrícia Lavelle
De que original traduz o poeta?, Simone Brantes
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Carolina Paganine; Vanessa Hanes. (Org.). Tradução e Criação: entrelaçamentos. 1ed.Campinas: Pontes Editora, 2019.
Texto contracapa:
É bem conhecida a ideia de que toda tradução envolve um ato criativo assim como aquela de que todo ato criador realiza algum nível de tradução, entendida em sentido lato, de outros textos e do mundo para a produção de uma nova obra. Raras vezes, no entanto, tais entrelaçamentos entre traduzir e criar são abordados a partir de uma perspectiva que procure por em evidência a proximidade entre as duas tarefas, sem hierarquizá-las. Esse entrelaçamento é o objetivo geral dos artigos desta coletânea, fruto das discussões geradas no âmbito do Núcleo de Tradução e Criação (ntc/UFF) a partir do I Colóquio Tradução e Criação, realizado em maio de 2017 na Universidade Federal Fluminense. Com organização de Carolina Paganine e Vanessa Hanes, professoras da referida universidade, o conjunto de pesquisas aqui apresentado aborda temas dos mais variados, desde um panorama das reflexões teóricas sobre tradução, criação e autoria, a temas mais específicos como a relação entre as posições do autor pós-colonial e o tradutor; o sujeito-tradutor situado historicamente e que torna visível seu ato criativo; teatro e epigramas latinos em que a distância temporal e cultural parece exigir soluções menos convencionais, talvez criativas, para as traduções; as relações entre poéticas indígenas e poesia contemporânea; a poesia contemporânea em diálogo com outras artes, em especial as artes visuais; o papel da edição e da tradução no estabelecimento da obra de um autor; as especificidades de traduzir a letra de uma canção procurando recriar não só os significados, mas também a acentuação da poesia e da melodia. Espera-se que tal variedade contribua para iluminar esses laços de afinidade entre tradução e criação, tanto como atividades que possuem cada uma sua própria especificidade como atividades em que os dois atos se misturam e questionam suas fronteiras.
Sumário:
Prefácio: Walter Carlos Costa
TRADUÇÃO E CRIAÇÃO EM FOCO: ESTABELECENDO BASES E EXPLORANDO PERSPECTIVAS
Carolina Paganine e Vanessa Hanes
TRADUÇÃO, CRIAÇÃO E TRÂNSITO DE IDEIAS NO INÍCIO DO SÉCULO XX NA DIÁSPORA AFRICANA
Maria Aparecida Andrade Salgueiro
OS MOVIMENTOS DISCURSIVOS DO SUJEITO-TRADUTOR
Giovana Mello
DA TRADUÇÃO COMO EDIÇÃO E COMO CRÍTICA: EMILY DICKINSON NO BRASIL
Adalberto Müller
A TRADUÇÃO DA LETRA DE CANÇÃO
Paulo Henriques Britto
TRADUZINDO PLAUTO EM VERSO: O PRÓLOGO DO POENVLVS
Beethoven Alvarez
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE A TRADUÇÃO POÉTICA DO DÍSTICO ELEGÍACO EM PORTUGUÊS
Fabio Cairolli
CARNE DOS OUTROS: NUNO RAMOS TRADUTOR DE BAUDELAIRE
Masé Lemos
DA LÍNGUA ÀS LÍNGUAS: AS POÉTICAS INDÍGENAS E A POESIA CONTEMPORÂNEA
Izabela Leal
DA CRIAÇÃO À SELEÇÃO: A ESTÉTICA DO BANCO DE DADOS
Carla Miguelote
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Release do site da Biblioteca Nacional:
A Biblioteca Nacional (BN) e a UFF – Universidade Federal Fluminense publicaram recentemente a obra Os lugares da tradução, que registra os esforços das duas instituições em favor da valorização do ofício do tradutor literário, contendo também reflexões teóricas sobre o tema da tradução em diferentes perspectivas.
A primeira parte do livro concentra artigos originados de comunicações e debates promovidos nos colóquios Intermediações Culturais (2012 a 2014) e A Formação do Tradutor (2013), organizados pela BN e pelo Instituto de Letras da UFF em parceria com outras instituições brasileiras e estrangeiras, bem como relatórios de três oficinas de tradução.
A segunda parte apresenta os depoimentos de doze tradutores de oito nacionalidades diferentes, participantes do primeiro Edital de Residência de Tradutores Estrangeiros, da Biblioteca Nacional. As entrevistas foram realizadas por estudantes da UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina e organizadas pela tradutora Dorothée de Bruchard.
Ficha técnica da obra Os lugares da tradução
Organização: Johannes Kretschmer, Fabio Lima, Susanna Kampff Lages e Dorothée de Bruchard
Apresentação: FBN e UFF
Introdução
Johannes Kretschmer (UFF) e Fabio Lima (FBN)
Parte 1
Parte 2